O genial Raul Seixas já cantou: "Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter a mesma velha opinião formada sobre tudo". Bem, de acordo com a gramática (norma culta), a preferência é uma questão de escolha, ou seja, se você prefere uma coisa, descarta a outra. Não é como se dissesse, por exemplo, que gosta mais de uma coisa do que de outra. Ao dizer "prefiro", você estará automaticamente excluindo o que não interessa, portanto o correto seria dizer: "Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante a ter a mesma velha opinião formada sobre tudo." No entanto, existe uma figura da literatura conhecida como "licença poética". Isso nada mais é do que você ter a liberdade de transgredir a norma culta da gramática, quando se tratar de um texto literário, que tanto pode ser um diálogo em um romance quanto uma poesia, poema ou letra de música. O compositor Adoniran Barbosa costumava utilizar muito essa "licença poética". Na música "Saudosa Maloca", ele escreve/canta: "...adindonde agora está esse adifício arto era uma casa velha... [...] peguemo todas nossas coisa e fumo pro meio da rua..." Por outro lado, Renato Russo, do Legião Urbana, canta "Talvez tenhamos que fugir sem você...", na canção "Eu sei". São dois pontos de vista diferentes acerca da licença poética, e ambos estão corretos. Mas, se você estiver em uma entrevista de emprego ou escrevendo uma redação, cuidado porque sua "licença poética" estará automaticamente cassada pelos "homi".
Este é um blog de esportes, humor, política e, pasme, com dicas da Língua Portuguesa, criado por um corintiano com a ficha absolutamente limpa, para torcedores de todos os times. "DEUS É DA FIEL". Atenção: Este blog é completamente fantasioso e fruto da mente doentia do blogueiro que o redige; portanto, a criatura é absolutamente inimputável, de acordo com as leis do país. Eu avisei...
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