Depois que o Brasil classificou
os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza como “resposta desproporcional”
e chamou de volta seu embaixador em Israel para consultas, o que,
diplomaticamente, é considerado uma afronta, o porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou o Brasil como “anão
diplomático” e como “criador de problemas”. Será que está querendo
insinuar que nosso país é “di menor” e que a ONU deveria apreendê-lo e mandá-lo para a Fundação Casa... da Mãe
Joana (antiga Febem)?! Mas o pior é que a piada já estava pronta,
como diria o José Simão. Veja só: o porta-voz não só falou em “anão”,
como ironizou, fazendo uma analogia com o futebol apresentado
pelo Brasil durante a Copa, dizendo: “Isso não é futebol. No futebol, quando
um jogo termina em empate, você acha proporcional, e quando apanha de 7 a 1 é
desproporcional.” Só faltou citar um dos anões, o Dunga,
que, por coincidência, é o novo técnico da
seleção. Aí, a desmoralização estaria completa, né?
Agora, falando sério.
Kkkkkkkkkkkkkk!!! Não, é sério mesmo. Na verdade, Israel está “cuspindo
no prato em que comeu”. Em
1947, quando houve a divisão da Palestina entre árabes e judeus, o presidente
da Assembleia Geral da ONU era
justamente um brasileiro, Oswaldo Aranha. Algumas das nações mais
poderosas da época não eram muito favoráveis à ideia dessa divisão,
porque tinham interesses comerciais na região, principalmente no que se
referia ao petróleo, embora utilizassem o argumento de que os árabes
eram a esmagadora maioria dos habitantes da região, por isso, a
tendência era de que a votação seria adiada
indefinidamente. Foi então, que Oswaldo Aranha começou uma verdadeira peregrinação
pelos bastidores da ONU para garantir a votação. Depois da
aprovação e da criação do Estado de Israel, os judeus o homenagearam
dando seu nome a uma das maiores praças do país e a um kibutz.
Branca de Neve acabou de curtir esse post.
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Faixa de Gazes sendo atacada |
Não conhecia o papel do Oswaldo Aranha na criação do estado de Israel...Achei justa a imagem de "cuspir no prato", algo que o estado israelense parece fazer não só com o Brasil, mas também com boa parte da humanidade.
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